Na última quarta-feira,
durante a aula no período noturno da EE “José Augusto Ribeiro”, onde ministro
aulas de História e Sociologia, no 3º Ano, durante a aula de Sociologia, falava
sobre Direitos Sociais, e remetia à Revolução Industrial quando as jornadas de
trabalho eram longas para crianças, mulheres, homens e velhos, sem qualquer
tipo de direito. Isso só aconteceu a partir da atuação dos sindicatos que
definiram tempo de jornadas de trabalho e direitos sociais aos trabalhadores.
E, diante do tema, trouxe à realidade brasileira atual passando um texto aos
alunos sobre esta malfadada reforma trabalhista. Para minha surpresa, os
alunos, todos na faixa de 18 anos, desconheciam o que está sendo tramado em
Brasília, e os direitos que perderão com flexibilização da CLT. Todos ficaram
boquiabertos com o que vêm por aí caso esta reforma trabalhista seja
implementada por exigência do grande capital. O desconhecimento dos malefícios
dessa reforma era geral.
Em um atendimento,
ainda nesta semana, de uma mulher que mora em Capão Redondo, um bairro da
periferia de São Paulo, de repente comentei sobre as dificuldades que o país
atravessa, e também para minha surpresa, ela começou a criticar Dilma. De
repente, perguntei para ela que a Dilma não era mais a presidenta do Brasil. E
ela ficou surpresa porque não sabia que a Dilma havia deixado a presidência há
cerca de um ano. Ela desconhecia quem era Michel Temer. Diante disso, perguntei
para ela como escolhe seus candidatos nas eleições. E ela disse que vota em
quem o pastor mandar.
Diante desta realidade,
chego a conclusão que as pessoas que moram nas periferias das cidades são influenciadas
pela Rede Globo, pelos pastores e pelos traficantes que dominam este terreno de
um Brasil surreal.