sábado, 10 de junho de 2017

O Brasil da sala de aula e o Brasil da periferia


Na última quarta-feira, durante a aula no período noturno da EE “José Augusto Ribeiro”, onde ministro aulas de História e Sociologia, no 3º Ano, durante a aula de Sociologia, falava sobre Direitos Sociais, e remetia à Revolução Industrial quando as jornadas de trabalho eram longas para crianças, mulheres, homens e velhos, sem qualquer tipo de direito. Isso só aconteceu a partir da atuação dos sindicatos que definiram tempo de jornadas de trabalho e direitos sociais aos trabalhadores. E, diante do tema, trouxe à realidade brasileira atual passando um texto aos alunos sobre esta malfadada reforma trabalhista. Para minha surpresa, os alunos, todos na faixa de 18 anos, desconheciam o que está sendo tramado em Brasília, e os direitos que perderão com flexibilização da CLT. Todos ficaram boquiabertos com o que vêm por aí caso esta reforma trabalhista seja implementada por exigência do grande capital. O desconhecimento dos malefícios dessa reforma era geral.
Em um atendimento, ainda nesta semana, de uma mulher que mora em Capão Redondo, um bairro da periferia de São Paulo, de repente comentei sobre as dificuldades que o país atravessa, e também para minha surpresa, ela começou a criticar Dilma. De repente, perguntei para ela que a Dilma não era mais a presidenta do Brasil. E ela ficou surpresa porque não sabia que a Dilma havia deixado a presidência há cerca de um ano. Ela desconhecia quem era Michel Temer. Diante disso, perguntei para ela como escolhe seus candidatos nas eleições. E ela disse que vota em quem o pastor mandar.

Diante desta realidade, chego a conclusão que as pessoas que moram nas periferias das cidades são influenciadas pela Rede Globo, pelos pastores e pelos traficantes que dominam este terreno de um Brasil surreal. 

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