quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Queriam que o avião caísse

Com a Rede Globo capitaneando a farsa, esta polêmica envolvendo a estadia da comitiva da presidenta Dilma Rousseff em Lisboa, após participar de um evento na Suiça, no último domingo, quando ficou apenas um dia, é algo patético. Demonstra a que nível os meios de comunicação chegaram ao Brasil e como afiam suas garras com o objetivo de fazer oposição a qualquer custo aos governos do PT. 
Para refrescar a memória do leitor, em 2007, reunidos em um hotel de luxo em São Paulo, os barões da mídia criaram o Instituto Millennium que tem por objetivo defender os "interesses" deles". Na oportunidade, a presidente deste instituto e ligada ao jornal "Folha de S. Paulo", Judith Brito, disse que como temos partidos de oposição fracos no Brasil (PSDB, PPS e DEM), os meios de comunicação fariam este papel. Ou seja, enganariam seus leitores, transmitindo a imagem de pluralidade e neutralidade, entretanto, fazem o papel de partidos políticos. 
A grande maioria do baronato da mídia é ligada ao PSDB e tem urtigas com relação a reformas que ajudem o povo mais pobre. Ao contrário, defende um sistema político de benesses para eles e à elite branca que vinha comandando o Brasil. Querem manter seus privilégios a qualquer custo, e por este motivo, todos os dias tem matérias pegando no pé, justamente com o objetivo de desgastar a presidenta Dilma Rousseff e o PT. 
O então professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Sérgio Caparelli, na década de 1980, escreveu um livro intitulado "Comunicação de Massa sem Massa" denunciando na época o efeito nefasto que os grandes meios de comunicação faziam à sociedade brasileira. Na época, e principalmente hoje, seis ou oito famílias comandam os grandes meios de comunicação no Brasil. É quase um feudo. Apesar de fazerem oposição contínua aos governos do PT, fecham os olhos às mazelas aos governos do PSDB. 
Voltando à viagem da Dilma, a comitiva foi informada pela Aeronáutica de que deveria fazer uma escala técnica em Lisboa, já que o avião não tinha autonomia de voo até Cuba, além de fortes tempestades que atingiam o Atlântico Norte. A comitiva desceu domingo em Lisboa, quando cada um pagou sua conta no restaurante, assim como no hotel. Entretanto, fizeram a palhaçada toda com segundos objetivos, esquecendo-se que Aécio Neves, candidato do PSDB à presidência da República, viaja o Brasil fazendo campanha com recursos do Senado. O ministro Joaquim Barbosa, de férias, recebe diárias de R$ 14 mil alegando estar "fazendo palestras" pela Europa. E se calam. Na verdade, queriam que o avião caísse. Esta é a grande verdade. 

domingo, 26 de janeiro de 2014

Dr. Oliveira e Bragato

De forma mal educada e com o claro propósito de tirar a responsabilidade do PSDB sobre o caos que vive a saúde pública em Assis - que tem a colaboração do atual mandatário do município, Ricardo Pinheiro (PSDB), que não tem a coragem de brigar junto as esferas do governo estadual - o ilustríssimo deputado Mauro Bragato (PSDB) resolveu atacar o diretor-clínico do Hospital Regional de Assis, Dr. Oliveira. Como sempre, quis colocar a culpa no médico do que assumir a incompetência de Alckmin para gerir a saúde pública no Estado de São Paulo. 
Bragato, em entrevista ao repórter da rádio Difusora AM, Antônio Sena, que deveria, no mínimo, ouvir o médico e colocar a sua versão, como manda o bom jornalismo, disse que se ele sabia o que vinha acontecendo no Hospital Regional, o porquê não tomou nenhuma atitude. Ora, nobre deputado, tenha a santa paciência. Claro que o  médico tomou as medidas necessárias denunciando os leitos inativos no HR à imprensa já que o seu governo é uma lástima nesta área. 
Dr. Oliveira é uma pessoa séria e sempre demonstrou grande preocupação com os absurdos no atendimento médico no Hospital Regional. Lamentavelmente, o deputado Bragato resolveu atacá-lo de forma sorrateira. 
Deputado, o senhor deveria, sim, cobrar do secretário de Estado da Saúde, David Uip, e do governador Alckmin, providências para que todos os leitos do HR funcionem normalmente. E não apenas com 60% da sua capacidade. Isso é uma vergonha, deputado, e isso demonstra o quanto o senhor é inoperante no exercício do seu cargo. Não honra os votos recebidos em Assis. Demonstra o quanto o senhor é um aproveitador e só usa Assis para receber votos com objetivos eleitoreiros. 
A população de Assis deveria não dar mais um voto sequer a este deputado que de forma sorrateira ataca o médico Dr. Oliveira da pior forma possível transferindo para ele a responsabilidade do governo da qual representa. 
Se o senhor não sabe deputado - afinal, o senhor mora em Presidente Prudente e Assis e região é apenas uma parada para receber votos - inúmeras pessoas estão morrendo nos corredores do Pronto-Socorro Municipal porque o Hospital Regional não disponibiliza vagas para elas. O senhor deveria ter vergonha e usar do seu prestígio junto ao governador para sanar esta falha lamentável. E não ficar atacando o médico Dr. Oliveira que é uma pessoa séria e sempre lutou para que o HR funcionasse da melhor forma possível. 
Vá cuidar de sua vida em Presidente Prudente, deputado. Afinal, não somos currais eleitorais de Vossa Excelência. 

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Leitos no Hospital Regional

A TV TEM, afiliada da TV Globo no centro-oeste paulista, levou ao ar reportagem recentemente denunciando que o Hospital Regional de Assis está funcionando com 60% de sua capacidade, com uma carga ociosa de 40% de leitos. Enquanto o Pronto-Socorro Municipal apresenta superlotação, e em função disso dezenas de pessoas são "internadas" diariamente nos corredores da unidade hospitalar, o HR funciona bem abaixo de sua capacidade total. 
São inúmeros leitos hospitalares que poderiam ser oferecidos à população, entretanto, os mesmos não são utilizados e quem paga a conta desse absurdo é o paciente, principalmente aquele usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). Não dá para entender como isso acontece e o por quê o governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde, não faz com que estes leitos sejam ocupados pela elevada demanda que o PS municipal apresenta. Afinal, Assis atende aproximadamente 25 municípios. 
Quantas vidas poderiam ter sido - e podem ser - salvas caso o HR oferecesse estas vagas ociosas para que as pessoas que necessitam ser internadas as ocupem. Porém, dentro desta política neoliberal que marca os governos do PSDB, é melhor que o hospital ofereça um número de leitos aceitável, o que evitaria maiores gastos. É melhor que as pessoas morram do que investir em suas recuperações físicas. 
A nota da Secretaria de Estado da Saúde é lacônica, dizendo que o HR está "funcionando" em sua plena capacidade. Como, se 40% dos leitos não estão ocupados? Tal denúncia só foi possível graças a coragem do diretor-clínico do HR, Dr. Oliveira, que não teve receio de colocar a boca no trombone. Além disso, é importante salientar que a secretária municipal da Saúde, Denise Fernandes, também denunciou esta situação. 
Infelizmente, as pessoas que estão em corpo diretivo estão pouco preocupadas com a situação da população pobre. Na visão destas pessoas, é melhor economizar em uma área tão essencial quanto a saúde do que carrear recursos no setor. O resultado disso são pessoas sofrendo horrores nos corredores de unidades hospitalares, como é o caso do Pronto-Socorro, e muitas, lamentavelmente, vêm a óbito. Porém, como já foi dito anteriormente, tais pessoas estão pouco preocupadas com tal fato já que não necessitam destes serviços, já que possuem caros planos de saúde. 
Quem deve se manifestar nesta questão é o Ministério Público que deveria entrar com uma Ação Civil Pública contra o Estado determinando que coloque todos os leitos do HR em funcionamento, principalmente diante da calamitosa situação da saúde. A esperança é que isso realmente venha a acontecer. 


PRISÃO DE JORNALISTA EM MG - A situação na imprensa para quem tenta praticar um jornalismo desgarrado da babação que os meios de comunicação devotam aos governos tucanos é algo preocupante. Agora, é a prisão do jornalista Marco Aurélio Carone, proprietário do jornal "Novo Tempo" porque teve a coragem de denunciar a lista de Furnas onde importantes nomes do PSDB constam. Quem está por trás disso é o ex-governador e atual senador por MG, Aécio Neves. Ele controla a imprensa mineira com mão de ferro, e o jornalista que se atrever contrariar suas ordens, é solicitada sua demissão imediatamente. É o que ocorreu com Maro Aurélio, já que os tentáculos tucanos em MG atingem o MP e o Judiciário daquele Estado. Está até parecendo Assis...

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Apartheid social

A justiça - é com j minúsculo mesmo - deu um péssimo exemplo e está colaborando ativamente para legitimar o apartheid social no Estado de São Paulo. Só para refrescar a memória do leitor, um juiz concedeu liminar para donos de shoppings em São Paulo proibindo o ingresso de jovens pobres da periferia de São Paulo que combinaram um "rollezinho" no último final de semana. E os jovens que assim agirem, serão multados em R$ 10 mil. E, se não bastasse tal disparate, a Polícia Militar ainda foi agredir os jovens que por ventura foram ao shopping. 
A justiça brasileira está instituindo definitivamente o apartheid social com esta medida esdrúxula. Afinal, quando juiz dá uma sentença absurda como esta, quem pune tal profissional que é pago com o dinheiro do contribuinte? É uma aberração tal medida e contraria frontalmente o estado de Direito no Brasil que permite às pessoas o direito de ir e vir. 
As mecas do consumo capitalistas agora é um território único das classes abastadas. Só falta o juiz e a elite brasileira instituir o tronco para para que a Casa Grande tenha definitivamente conquistado o direito de evitar que pessoas pobres frequentem os seus ambientes. Daqui a pouco veremos cenas como aquelas que aconteciam nos Estados Unidos ou na África do Sul onde pessoas negras e pobres eram proibidas de andar de ônibus ou frequentar o banheiro público que eram utilizados pelos brancos. 
Lamentável a decisão sob todos os aspectos de cunho racista deste juiz e daqueles proprietários de shoppings que acreditam que o Brasil deve ser apenas de meia dúzia de pessoas. Aliás, a justiça no Brasil está se superando. Está havendo a judicialização da política e agora do dia a dia do cidadão. Juízes se arvoram no direito de cancelar aumentos aprovados em Câmaras Municipais após solicitação do Executivo; evitar corredores para táxis; quem desce e quem sobe no Campeonato Brasileiro; e assim por diante. 
A democracia brasileira sofre sérios riscos com esta intervenção cada vez maior do Judiciário. Juízes não são eleitos pelo povo para dar decisões. Ou a sociedade brasileira se mobiliza ou daqui a pouco viveremos a ditadura do Judiciário. 

INTERVENÇÃO NA PM DE SÃO PAULO - Que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) perdeu o controle sobre a segurança pública no Estado de São Paulo não é segredo para ninguém. Agora, o episódio de Campinas quando 12 pessoas foram assassinadas de forma cruel por policiais militares, conforme testemunhas, com disfarces de ninjas, é um absurdo. Isso em qualquer país do mundo sério determinaria intervenção na Polícia Militar do Estado de São Paulo. 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Genoíno e os outros

O ex-deputado federal José Genoíno Neto, acusado de participar do Mensalão, está há 54 dias preso em Brasília, assim como José Dirceu e Delúbio, além de outras pessoas que foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entretanto, podemos observar neste episódio, que muitos juristas consideram arbitrário e desprovido de provas concretas, mais parecendo uma vingança pessoal do atual dirigente do STF, Joaquim Barbosa, como a Justiça brasileira está se politizando e agindo conforme as convicções da Casa Grande. 
Enquanto isso, o ex-senador Demóstenes Torres, considerado pela revista "Veja" como um dos mosqueteiros da decência política, foi flagrado com relações promíscuas com o crime organizado em Goiás, e até hoje não foi julgado e continua solto. Na passagem de ano, estava passeando em Roma com sua esposa, bem pomposo. 
Enquanto isso, o operador do Mensalão, deputado Roberto Jefferson, até hoje está em sua casa de veraneio no litoral fluminense desfrutando das benesses do local, passeando pelas ruas com sua mulher. Até hoje o ministro Joaquim Barbosa não solicitou sua prisão. 
Enquanto isso, os envolvidos no escândalo dos trens e metrôs de São Paulo, com altas figuras do PSDB, com desvios de R$ 5 bilhões - é isso mesmo! - acreditam na impunidade, principalmente porque o STF decidiu desmembrar o processo para varas menores nos Estados, o que não permitiu tal fato às pessoas envolvidos no mensalão. E para a coisa ficar ainda mais interessante, o procurador geral da República em São Paulo, Rodrigo De Grandis, deixou que peixes grandes escapassem deste mar de corrupção do PSDB alegando ter arquivado o pedido do Ministério Público suiço em "pasta errada". O Ministério Público brasileiro está sendo ridicularizado na Suiça - e na Europa - por esta falha de esquecimento do ilustre De Grandis que no mínimo deveria responder por processo de prevaricação e ser afastado de suas funções. 
Enquanto isso, conforme denúncia da revista "Carta Capital" desta semana, o ministro do STF, Gilmar Mendes, é acusado de acobertar vários crimes do banqueiro Daniel Dantas. Mendes foi o mesmo que deu dois Habeas Corpus em 24 horas ao banqueiro, mesmo tendo sido pego com a boca na botija tentando corromper um delegado da Polícia Federal para não prendê-lo. 
Enquanto isso, Abdelmassith, o médico que molestava mulheres em São Paulo em sua clínica, foi beneficiado por um Habeas Corpus dado pelo ministro do STF, Marco Aurélio Mello, e aproveitou a deixa e fugiu do Brasil, estando possivelmente no Oriente Médio. 
Enquanto isso, a Rede Globo que sonegou R$ 1 bilhão referente aos direitos da Copa de 94 nos Estados Unidos, nenhum dos irmãos Marinho foi denunciado à Justiça até o momento pelo sempre inclíto Ministério Público. 
Enquanto isso, o mensalão do PSDB, que aconteceu no início dos anos 2000, até hoje está parado no STF e não tem prazo para julgamento. 
Enquanto dirigentes do PT são tratados com todo o rigor da lei, vários figurões e amigos da Casa Grande são deixados de lado pela ilustre "Justiça" brasileira. É importante ressaltar que os condenados têm direito a prisão domiciliar, o que o vingativo Joaquim Barbosa não permite que isso aconteça. Aliás, deve estar desfrutando do seu pomposo apartamento em Miami nestas férias do STF neste momento. Diante disso, não entendo que normas jurídicas são estas em que presos têm direito a prisão domiciliar e esta mesma Justiça nega este direito. 

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Procon e bancos

Na tarde da última terça-feira, a agência central do banco Itaú apresentava um elevado número de pessoas na fila aguardando atendimento. Havia três caixas: um para clientes especiais, outro para aposentados e pessoas com problemas de deficiência, e apenas um caixa para atender os demais clientes. O resultado disso é que a pessoa aguardava no minimo uma hora na fila para ser atendida, contrariando a lei municipal do vereador Reinaldo Nunes (PT) que determina o atendimento no máximo em 15 minutos e em dias de grande movimento, em 30 minutos. 
Diante da situação, e na demora no atendimento, os clientes ficavam irritados, e além de xingarem o banco, também reclamavam muito do Procon local. Afinal, a competência de fiscalizar as filas nas agências bancárias é do Procon. E isso não vem acontecendo há muito tempo. O Procon deveria, no mínimo, a cada mês fazer uma ronda nas agências bancárias e verificar o atendimento dos clientes nas filas dos caixas. Porém, isso não acontece e os clientes ficam a mercê do lucro voraz dos bancos que colocam poucos funcionários no atendimento. 
Infelizmente, neste aspecto, o Procon de Assis na atual administração vem deixando muito a desejar. Existe uma lei municipal que não é cumprida e os bancos deitam e rolam com tamanha ineficiência. Alguma providência deveria ser tomada para dar um basta nesta situação. O Procon deveria acionar o Sindicato dos Bancários de Assis e Região para acompanhar na fiscalização mostrando um trabalho único em prol dos clientes.Entretanto, o órgão de defesa do consumidor prefere fechar os olhos em relação a esta realidade. 



A QUESTÃO DOS SHOWS...
Mas, não é somente a fiscalização dos bancos que o Procon local deixa a desejar. Na questão do evento artístico do final do ano passado quando houve a promessa da presença de importantes astros da música nacional no parque de exposições da Ficar, até o momento o Procon não veio a público dar uma satisfação às pessoas que compraram ingressos. Aqueles que foram tungados pelos organizadores que "inventaram" a estória do Gustavo Lima que não compareceu já que não recebeu o cachê relacionado a sua apresentação, estão a ver navios. 
Simplesmente, o Procon deveria exigir dos organizadores que devolvessem o dinheiro às pessoas que compraram ingressos para assistir aos shows e foram enganadas já que não houve show algum. É esta mesma a palavra: as pessoas foram "enganadas". A estória de que faltava uma determinada quantia para completar o cachê de Gustavo Lima e isso aconteceria com a bilheteria é conversa para boi dormir. Como é que grandes astros da música brasileira como Gustavo Lima, Chitãozinho e Xororó, entre outros, se apresentam em um show sem que recebam com grande antecedência os valores correspondentes aos shows?
Alguma providência o Procon e as autoridades deveriam tomar contra os organizadores. No mínimo, deveriam devolver o dinheiro daqueles que compraram os ingressos. Ninguém consegue encontrar os organizadores sobre este assunto. O Procon deveria denunciar os organizadores ao Ministério Público e a Polícia Civil enquadrar estas mesmas pessoas no mínimo por estelionato. Quem oferece algo e não cumpre é estelionatário. 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Prefeitura e presos com bom comportamento

Antes de assumir o seu mandato como prefeito de Assis em janeiro de 2013, o prefeito Ricardo Pinheiro esteve com o seu colega de Sorocaba, Antonio Carlos Pannunzio, onde o PSDB comanda a Prefeitura local há vários anos, tentando obter sugestões para que fossem aplicadas na cidade. Não sei se o prefeito Ricardo Pinheiro conseguiu alguma sugestão importante que fosse aplicada em Assis no primeiro ano do seu mandato, mas sugestões é o que não faltam em Sorocaba. Uma cidade que ganha ares cosmopolita e conta com várias coisas que podiam ser aplicadas em Assis beneficiando em muito a população. 
Sorocaba possui centenas de quilômetros de ciclovias, coisa que Assis não possui, com as pessoas necessitam disputar espaços nas ruas com os veículos, correndo sérios riscos. Sorocaba também possui inúmeros parques e pistas para que as pessoas façam caminhadas ou cooper. Em Assis, é o mesmo caso das ciclovias. As pessoas necessitam fazer caminhadas nas ruas, também correndo sérios riscos de ser atropeladas. 
Mas vou dar uma sugestão ao prefeito de uma medida adotada pela Prefeitura de Sorocaba que poderia ser aplicada tranquilamente em Assis. Basta ao prefeito se dirigir até Sorocaba e saber a fórmula como o prefeito de lá utilizou e copiá-la em Assis. Estive no final do ano passado em Sorocaba, e em um bairro próximo ao centro - assim como acontece em vários outros bairros da cidade - observei vários homens com um uniforme de cores diferentes trabalhando na capinagem das ruas, sendo acompanhados por uma espécie de agente. 
Curioso, com o meu filho, fui perguntar a esta pessoa que cuida destes homens, quem eram eles. Na verdade, se tratava de um agente penitenciário do presídio local, e ele me informou que graças a um convênio firmado entre a Secretaria de Assuntos Prisionais do Estado (SAP), vários presos de bom comportamento são contratados pela Prefeitura de Sorocaba e trabalham no serviço de capinagem da cidade. Eles recebem um salário mínimo e a cada dia trabalhado, recebem a bonificação de um dia em suas penas. 
De acordo com o agente penitenciário, vários presos se oferecem para trabalhar e desde que a Prefeitura de Sorocaba assinou tal convênio, não houve nunca um problema de fuga ou mau comportamento do preso. Um exemplo disso é que trabalha desarmado observando os presos. Antes de trabalharem, os presos recebem as instruções necessárias do responsável pela Secretaria de Obras do município das ruas que devem realizar a capinagem. Por volta das 11 horas, um veículo da penitenciária traz os marmitex para que os presos que trabalham possam almoçar, e após intervalo de uma hora na própria rua, retornam ao batente, com o expediente terminando às 18 horas.  O preso que trazer algum tipo de problema no horário de expediente, perderá o direito de trabalhar na rua. 
O agente nos informou que a proposta é bem aceita, e maioria dos presos prefere trabalhar nesta atividade de capinagem na rua do que ficar no interior do presídio. O questionei sobre fugas, e o agente me informou que caso isso aconteça, o preso será dado como foragido. Mas, até então, isso nunca havia acontecido. 
Esta é uma boa sugestão que ofereço ao prefeito, ou seja, utilizar presos de bom comportamento do sistema prisional estadual de Assis para que capinem as ruas da cidade que estão com muito matagal oferecendo um aspecto feio ao perímetro urbano. Aqui perto de casa, na Cohab IV, os matos estão tomando conta das calçadas. Na minha casa, por exemplo, tive que pagar o jardineiro que capinasse o mato ao redor da calçada. Esta é uma sugestão que ajudaria os presos em todos os aspectos, inclusive, lhes dando uma função social importante; ofereceria economia aos cofres públicos; e embelezaria a cidade. 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Governo federal deverá cassar concessão da ALL

O governo federal, através da presidenta Dilma Rousseff, estuda a possibilidade de cassação das concessões da ALL - América Latina Logística - que controla uma fatia enorme da malha ferroviária, não só no Estado de São Paulo, mas em outros Estados da Federação. 
A ALL é fruto da privatização feita por Fernando Henrique Cardoso em seu segundo mandato, já que a malha ferroviária pertencia a antiga Fepasa. Desde então, principalmente no Estado de São Paulo, as ferrovias sob a concessão da ALL foram sucateadas e as estações depredadas e abandonadas. A ferrovia, outrora responsável pelo progresso, foi deixada definitivamente de lado. 
A Casa Civil da presidência da República negociava um acordo com a devolução de trechos ferroviários sob controle da ALL, mas parece que as coisas caminham para uma medida mais extremada, com a perda das concessões e de um inventário e encontro de contas entre os bens recebidos, obrigações e direitos da empresa. 
A concessionária recebeu boa parte do patrimônio da malha Sul da Rede Ferroviária Federal por algo em torno de - pasmem - R$ 300 milhões de Fernando Henrique Cardoso. Junto com a concessão, foi para a ALL que ainda prestava de material rodante da RFFSA nos estados da região Sul para operar sete mil quilômetros de trilhos. 
A ALL é uma destas jabuticabas privatizantes paridas no governo Fernando Henrique. O Estado brasileiro fica boa parte do capital direta e indiretamente e entrega o controle da empresa a privados, mais ou menos como aconteceu com a Vale do Rio Doce e a Telemar-Oi. O BNDES, Previ e Funcep têm perto de 29% do capital, seguidos da neozelandesa Global Markets Investiments Limited Partnership, com 21,6¨%.
A propriedade da ALL é um imbroglio, no qual o participante mais conhecido é o grupo Cosan, império de açúcar e etanol do empresário Rubens Ometto. A Cosan tentou fazer uma "sinergia de negócios" levando a ALL a adquirir a Fepasa e se tornar a operadora de mais cinco mil quilômetros de linhas que cruzam o filé da produção sucroalcooleira de São Paulo. Claro que não deu certo, como não deu certo que a Vale fosse a operadora das linhas férreas de Minas, porque quando um cliente se torna dono dos meios de transporte é evidente que os gerem apenas de acordo com as suas conveniências, não dentro de  um quadro de equilíbrio concorrencial. Deu "zebra" e conflito entre a Cosan e os demais acionistas da ALL, e não podia dar em outra coisa. 
E o país pagou a conta da briga, que desmantelou a já pequena capacidade da empresa de logística. Vamos ver como o caso se desdobra. Dilma parece ter optado pela pulverização do controle, subdividindo os trechos a serem concedidos em 2014. Se houver um mecanismo de arbitramento entre diversos operadores, com obrigações de conexão muito definida pode funcionar. 
Mas se continuarmos a ter uma operação ferroviária desconectada com as necessidades de transporte intermodal, de uso múltiplo da rede férrea e, sobretudo, sem a capacidade de o poder público regular, controlar e - até - oferecer a opção de transporte ferroviário a produtores e passageiros, o transporte estabelece fisicamente as linhas e, depois , elas viram um cartório do operador, que as administra com uma "sinergia de negócios" que é ineficiência e o monopólio do uso de um bem e serviço público concedido, que tal como os ônibus, têm de transportar a todos com as mesmas regras, disponibilidades e preços. 
A obra de FHC nas ferrovias é pior que a de Jânio e as centenas de cidades fantasmas que fez, em 1961, com a desativação dos chamados "ramais deficitários". Porque, ao contrário dela, não atinge apenas regiões já decadentes economicamente, por mais cruel que isso tenha sido. Toca no coração do Brasil produtivo, nas áreas de expansão agrícola. 

FELIZ ANO ANO - Àqueles que acompanham o meu blog, desejo um Feliz Ano Novo. Esperamos que façamos um país cada vez mais justo onde todos tenham oportunidades iguais. E muita saúde e paz para todos.