quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Queriam que o avião caísse

Com a Rede Globo capitaneando a farsa, esta polêmica envolvendo a estadia da comitiva da presidenta Dilma Rousseff em Lisboa, após participar de um evento na Suiça, no último domingo, quando ficou apenas um dia, é algo patético. Demonstra a que nível os meios de comunicação chegaram ao Brasil e como afiam suas garras com o objetivo de fazer oposição a qualquer custo aos governos do PT. 
Para refrescar a memória do leitor, em 2007, reunidos em um hotel de luxo em São Paulo, os barões da mídia criaram o Instituto Millennium que tem por objetivo defender os "interesses" deles". Na oportunidade, a presidente deste instituto e ligada ao jornal "Folha de S. Paulo", Judith Brito, disse que como temos partidos de oposição fracos no Brasil (PSDB, PPS e DEM), os meios de comunicação fariam este papel. Ou seja, enganariam seus leitores, transmitindo a imagem de pluralidade e neutralidade, entretanto, fazem o papel de partidos políticos. 
A grande maioria do baronato da mídia é ligada ao PSDB e tem urtigas com relação a reformas que ajudem o povo mais pobre. Ao contrário, defende um sistema político de benesses para eles e à elite branca que vinha comandando o Brasil. Querem manter seus privilégios a qualquer custo, e por este motivo, todos os dias tem matérias pegando no pé, justamente com o objetivo de desgastar a presidenta Dilma Rousseff e o PT. 
O então professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Sérgio Caparelli, na década de 1980, escreveu um livro intitulado "Comunicação de Massa sem Massa" denunciando na época o efeito nefasto que os grandes meios de comunicação faziam à sociedade brasileira. Na época, e principalmente hoje, seis ou oito famílias comandam os grandes meios de comunicação no Brasil. É quase um feudo. Apesar de fazerem oposição contínua aos governos do PT, fecham os olhos às mazelas aos governos do PSDB. 
Voltando à viagem da Dilma, a comitiva foi informada pela Aeronáutica de que deveria fazer uma escala técnica em Lisboa, já que o avião não tinha autonomia de voo até Cuba, além de fortes tempestades que atingiam o Atlântico Norte. A comitiva desceu domingo em Lisboa, quando cada um pagou sua conta no restaurante, assim como no hotel. Entretanto, fizeram a palhaçada toda com segundos objetivos, esquecendo-se que Aécio Neves, candidato do PSDB à presidência da República, viaja o Brasil fazendo campanha com recursos do Senado. O ministro Joaquim Barbosa, de férias, recebe diárias de R$ 14 mil alegando estar "fazendo palestras" pela Europa. E se calam. Na verdade, queriam que o avião caísse. Esta é a grande verdade. 

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