sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Genoíno e os outros

O ex-deputado federal José Genoíno Neto, acusado de participar do Mensalão, está há 54 dias preso em Brasília, assim como José Dirceu e Delúbio, além de outras pessoas que foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entretanto, podemos observar neste episódio, que muitos juristas consideram arbitrário e desprovido de provas concretas, mais parecendo uma vingança pessoal do atual dirigente do STF, Joaquim Barbosa, como a Justiça brasileira está se politizando e agindo conforme as convicções da Casa Grande. 
Enquanto isso, o ex-senador Demóstenes Torres, considerado pela revista "Veja" como um dos mosqueteiros da decência política, foi flagrado com relações promíscuas com o crime organizado em Goiás, e até hoje não foi julgado e continua solto. Na passagem de ano, estava passeando em Roma com sua esposa, bem pomposo. 
Enquanto isso, o operador do Mensalão, deputado Roberto Jefferson, até hoje está em sua casa de veraneio no litoral fluminense desfrutando das benesses do local, passeando pelas ruas com sua mulher. Até hoje o ministro Joaquim Barbosa não solicitou sua prisão. 
Enquanto isso, os envolvidos no escândalo dos trens e metrôs de São Paulo, com altas figuras do PSDB, com desvios de R$ 5 bilhões - é isso mesmo! - acreditam na impunidade, principalmente porque o STF decidiu desmembrar o processo para varas menores nos Estados, o que não permitiu tal fato às pessoas envolvidos no mensalão. E para a coisa ficar ainda mais interessante, o procurador geral da República em São Paulo, Rodrigo De Grandis, deixou que peixes grandes escapassem deste mar de corrupção do PSDB alegando ter arquivado o pedido do Ministério Público suiço em "pasta errada". O Ministério Público brasileiro está sendo ridicularizado na Suiça - e na Europa - por esta falha de esquecimento do ilustre De Grandis que no mínimo deveria responder por processo de prevaricação e ser afastado de suas funções. 
Enquanto isso, conforme denúncia da revista "Carta Capital" desta semana, o ministro do STF, Gilmar Mendes, é acusado de acobertar vários crimes do banqueiro Daniel Dantas. Mendes foi o mesmo que deu dois Habeas Corpus em 24 horas ao banqueiro, mesmo tendo sido pego com a boca na botija tentando corromper um delegado da Polícia Federal para não prendê-lo. 
Enquanto isso, Abdelmassith, o médico que molestava mulheres em São Paulo em sua clínica, foi beneficiado por um Habeas Corpus dado pelo ministro do STF, Marco Aurélio Mello, e aproveitou a deixa e fugiu do Brasil, estando possivelmente no Oriente Médio. 
Enquanto isso, a Rede Globo que sonegou R$ 1 bilhão referente aos direitos da Copa de 94 nos Estados Unidos, nenhum dos irmãos Marinho foi denunciado à Justiça até o momento pelo sempre inclíto Ministério Público. 
Enquanto isso, o mensalão do PSDB, que aconteceu no início dos anos 2000, até hoje está parado no STF e não tem prazo para julgamento. 
Enquanto dirigentes do PT são tratados com todo o rigor da lei, vários figurões e amigos da Casa Grande são deixados de lado pela ilustre "Justiça" brasileira. É importante ressaltar que os condenados têm direito a prisão domiciliar, o que o vingativo Joaquim Barbosa não permite que isso aconteça. Aliás, deve estar desfrutando do seu pomposo apartamento em Miami nestas férias do STF neste momento. Diante disso, não entendo que normas jurídicas são estas em que presos têm direito a prisão domiciliar e esta mesma Justiça nega este direito. 

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