O
vice-presidente da Apeoesp, Fábio Santos de Moraes, esteve na manhã deste
sábado na Associação Comercial e Industrial de Assis para uma reunião com os
professores da categoria O que correm o sério risco de ficar sem aulas em 2018
em função da chamada “duzentena” que o governo do Estado de São Paulo – leia-se
Geraldo Alckmin – quer aplicar na educação estadual para todos os professores
contratados em 2014. Tal expediente tem objetivo de evitar que os professores
se tornem efetivos no Estado.
Mas,
o incrível: apenas 10 professores estavam presentes. Um absurdo. Que situação
chegou o Brasil: as pessoas vão ficar desempregadas em 2018 e não vão a uma
reunião que discute as iniciativas que a Apeoesp está adotando para evitar esta
onda de desempregos. Pois bem: a situação é extremamente grave aos professores
da categoria O. A Apeoesp está lutando junto a Secretaria de Estado da Educação
com o objetivo de que todos estes professores sejam transformados em categoria
F justamente para evitar que não haja professores em 2018.
Porém,
o governo do Estado poderá apresentar um projeto de Lei no final de ano
terceirizando a educação estadual com professores – não efetivos – sendo contratados
por uma empresa. Será a precarização total da educação. Caso isso aconteça, os
professores categoria O não voltam mais dar aulas mais pelo Estado na educação paulista.
Serão contratados por uma empresa terceirizada.
É
importante lembrar que a Prefeitura de Ribeirão Preto, comandada pelo PSDB,
apresentou em julho último um Projeto de Lei que permitirá contratar
professores substitutos por meio de um aplicativo de celular. O professor que
responder ao aplicativo, em 30 minutos, dará as aulas e terá uma hora para
chegar à escola. A ideia é pagar os docentes por aulas avulsas, sem que o
profissional tenha vínculo empregatício com a Prefeitura. É o “Uber da Educação”
ou “Professor Delivery”.
No
dia 15 de setembro, a Apeoesp está programando uma paralisação de todos os
professores. Já ouvi alguns deles – categoria O – que não vão parar. É o típico
caso daquele que vai ser enforcado no cadafalso com o capuz sobre a cabeça,
mas, assim mesmo, é fiel até a morte ao carrasco.