domingo, 10 de setembro de 2017

Vem aí o “Uber da Educação” ou “Professor Delivery”

O vice-presidente da Apeoesp, Fábio Santos de Moraes, esteve na manhã deste sábado na Associação Comercial e Industrial de Assis para uma reunião com os professores da categoria O que correm o sério risco de ficar sem aulas em 2018 em função da chamada “duzentena” que o governo do Estado de São Paulo – leia-se Geraldo Alckmin – quer aplicar na educação estadual para todos os professores contratados em 2014. Tal expediente tem objetivo de evitar que os professores se tornem efetivos no Estado.
Mas, o incrível: apenas 10 professores estavam presentes. Um absurdo. Que situação chegou o Brasil: as pessoas vão ficar desempregadas em 2018 e não vão a uma reunião que discute as iniciativas que a Apeoesp está adotando para evitar esta onda de desempregos. Pois bem: a situação é extremamente grave aos professores da categoria O. A Apeoesp está lutando junto a Secretaria de Estado da Educação com o objetivo de que todos estes professores sejam transformados em categoria F justamente para evitar que não haja professores em 2018.
Porém, o governo do Estado poderá apresentar um projeto de Lei no final de ano terceirizando a educação estadual com professores – não efetivos – sendo contratados por uma empresa. Será a precarização total da educação. Caso isso aconteça, os professores categoria O não voltam mais dar aulas mais pelo Estado na educação paulista. Serão contratados por uma empresa terceirizada.
É importante lembrar que a Prefeitura de Ribeirão Preto, comandada pelo PSDB, apresentou em julho último um Projeto de Lei que permitirá contratar professores substitutos por meio de um aplicativo de celular. O professor que responder ao aplicativo, em 30 minutos, dará as aulas e terá uma hora para chegar à escola. A ideia é pagar os docentes por aulas avulsas, sem que o profissional tenha vínculo empregatício com a Prefeitura. É o “Uber da Educação” ou “Professor Delivery”.
No dia 15 de setembro, a Apeoesp está programando uma paralisação de todos os professores. Já ouvi alguns deles – categoria O – que não vão parar. É o típico caso daquele que vai ser enforcado no cadafalso com o capuz sobre a cabeça, mas, assim mesmo, é fiel até a morte ao carrasco. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário