quinta-feira, 7 de setembro de 2017

A Independência, assim como a História do Brasil, é uma grande farsa

A Independência, assim como a História do Brasil, é uma grande farsa

Quem já não teve a oportunidade de ver o famoso quadro de Pedro Américo com D. Pedro I empunhando a espada no bairro do Ipiranga em São Paulo gritando “Independência ou Morte”. Quem não se aprofunda na História do Brasil pode achar que D. Pedro I é um herói brasileiro que colocou a sua vida em risco para que o Brasil ficasse livre das amarras de Portugal. Tudo mentira. D. Pedro I não é um herói, ao contrário, foi um déspota absolutista e sanguinário. Mais à frente poderão verificar tal fato. Na verdade, a Independência brasileira foi um grande acordo entre as elites brasileiras e a coroa portuguesa. No início do século XVIII, o Brasil vivia várias  revoltas populares; o país estava em estado pré-revolucionário, com a possibilidade de ondas separatistas em vários Estados. A mais conhecida, entretanto, é a Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul. Mas, há várias. Diante da situação, D. João VI teve uma conversa franca com o filho, D. Pedro I, e isso está nos anais do Museu Nacional de Lisboa. Portugal devia uma fábula, na época, para a Inglaterra, o grande império dos séculos XVIII e XIX. A expansão imperialista foi tamanha no século XIX que foi nesta época que surgiu a expressão "O Sol nunca se põe no Império Britânico", o que era uma verdade. Tendo territórios em todos os pontos do globo, o Sol estava brilhando ao menos em um deles sempre. Tal Império estendia-se do Caribe (Honduras Britânicas e Guiana Inglesa) até a Austrália e ilhas remotas do Pacífico, passando por um terço da África (destaque para a África do Sul, Nigéria, Egito, Quênia e Uganda), Índia, Birmânia e China, chegando no seu limite a dominar 20% das terras do planeta e 25% de sua população. Pressionado pelos ingleses, D. João VI propôs a D. Pedro I que assumisse a dívida dos portugueses com a Inglaterra, e dessa forma, concederia a Independência do Brasil. Como estava pressionado por inúmeras revoltas, D. Pedro I aceitou a proposta, o Brasil assumiu uma dívida gigantesca que não tinha condições de pagar, e ao retornar, reuniu a cavalaria imperial e disse “Independência ou Morte” passando a ser “herói”. Na verdade, esta dívida monstruosa só foi paga quase dois séculos depois por Lula no início dos anos 2000. Outro absurdo: a independência concretiza-se com o governo de um membro da própria família Real portuguesa, D. Pedro I. Sua justificativa para que D. Pedro I ocupasse o trono brasileiro era muito forte, pois, se tratava de um herdeiro legítimo para os portugueses, e que foi aceito pela maioria da elite brasileira, por garantir um processo separatista com poucas alterações estruturais, principalmente porque na América Espanhola, as revoltas eram intensas lideradas por Simon Bolivar. Além disso, D. Pedro I, como foi dito anteriormente, agiu como um déspota em seu reinado sufocando inúmeras rebeliões matando centenas de brasileiros. Para isso, ele contratou mercenários ingleses. Uma das mais famosas é o Massacre de Brigue Palhaço, em 1823, em Belém, no Pará, durante o processo emancipatório brasileiro. Mercenários ingleses encarceraram em um porão de um navio aproximadamente 250 brasileiros e os assassinaram cruelmente quase todos. Para isso, usaram cal, água envenenada, calor e a falta de ar. Os confrontos entre mercenários ingleses e revoltosos se deu em consequência dos constantes ataques aos comerciantes portugueses e ingleses que estavam na região. Tudo isso, a mando de D. Pedro I. Isso é ser herói, ou na verdade, foi um déspota sanguinário a serviço dos interesses dos portugueses? 

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