Desde a semana passada,
vazou que juízes federais, estaduais ou que ocupam altos cargos nas cortes
brasileiras recebem auxílio-moradia, mesmo que a maioria deles possui casa
própria e recebem salários em torno de R$ 30 mil mensais. As justificativas são
as mais estapafúrdias possíveis, já que alegam que não recebem (?) aumento
salarial desde 2016 e o auxílio-moradia serve como “complemento salarial”.
O recordista, segundo
levantamento realizado neste domingo (4) pelo jornal “Folha de S. Paulo” é o desembargador do Tribunal de Justiça de
São Paulo, José Antonio de Paula Santos Neto, que possui 60 imóveis e recebe o
benefício. Suas propriedades estão distribuídas em bairros valorizadas da
capital, como Bela Vista, Perdizes e Pacaembu. de R$ 30.471,11, disse que
considera inadequado o recebimento do auxílio-moradia, mas justificou a prática
alegando que os demais juízes que têm imóveis próprios também recebem o
benefício. Além disso, ele também alegou que o recebimento da verba é uma forma
encontrada para driblar a fa
À reportagem, o juiz,
que tem salário lta de reajuste nos salários dos juízes.
O juiz Sergio Moro
também é outro que recebe o auxílio-moradia, mesmo habitando em imóvel próprio
em Curitiba. O mesmo ocorre com os três desembargadores do Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF-4) de Porto Alegre.
São fatos lamentáveis e
desagradáveis, principalmente porque é extremamente imoral o recebimento destes
valores. Afinal, se alguém tem que dar exemplo é o juiz que aplica a lei. No
caso específico do auxílio-moradia, se é legal, baseado em uma decisão do
ministro Fux, do STF, é imoral.
Será que estes juízes
já visitaram - ou passaram – perto de
favelas ou mesmo das periferias das cidades para observarem como as pessoas
moram? Vivem em situação de penúria, vegetando em meio a uma desordem social. O
que é mais grave é que estas pessoas trabalham duro diariamente para recolherem
impostos elevadíssimos para pagarem justamente o auxílio-moradia dos
magistrados.
Não é correto que isso
aconteça. É um escárnio com a população, principalmente a mais pobre. Aquela
que sofre as agruras de um país injusto no dia a dia. Não é difícil dizer que
os juízes formam hoje uma casta de privilegiados no Brasil.
É lamentável observar
as declarações do corregedor nacional de Justiça, ministro João Otávio de
Noronha, ao dizer que esta questão do auxílio-moradia dos juízes é “picuinha
política”. A população brasileira tem
direito, sim, de discutir algo tão importante como esta. Afinal, o por quê juiz
tem que receber auxílio-moradia se na cidade onde reside possui imóvel próprio?
Os trabalhadores recebem auxílio-moradia? Ao contrário, necessitam trabalhar
muito para pagar preços abusivos de aluguéis.
Isso não é picuinha.
Isso é imoralidade.
Como juízes vão
combater a corrupção, se são beneficiados por algo imoral? Isso faz com que o
Judiciário tenha uma péssima imagem junto à população. É um poder mastodonte,
vagaroso e que não tende as necessidades da população. Lamentavelmente, podemos
dizer que essa é a moral dos imorais.
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