domingo, 8 de fevereiro de 2015

Mídia esconde escândalo de R$ 1,5 bi dos tucanos

A mídia brasileira é  nojenta sob todos os aspectos. É impressionante a forma discreta, escondida mesmo, a verdadeira conspiração do silêncio montada pela mídia para noticiar (ou melhor, praticamente não noticiar) o bloqueio de bens do conselheiro tucano do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE), Robson Marinho. Marinho é investigado sob a acusação de ter recebido propina da multinacional francesa Alston. 
O bloqueio judicial também atinge uma empresa do grupo Alston, a Cegetec, e mais outra empresa a Acqualux, usada para o repasse de propina, segundo a Promotoria paulista. Marinho e Alstom são investigados no cartel tucano paulista, o escândalo de corrupção dos transportes em São Paulo, que operou na área durante 10 anos nas gestões dos governadores tucanos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin que há mais de 20 anos se revezam à frente do governo do Estado. 
Robson Marinho é um dos fundadores do PSDB. Foi o principal secretário de Estado do primeiro governo Covas - foi chefe da Casa Civil, de janeiro de 1995 a abril de 1997, quando foi nomeado e deslocado para o TCE-SP. 
Porém, isso na midia tucana (vide Folha, Estado, Globo, etc.), o fato de arrolados serem tucanos, do PSDB, é escondido. Sabem o quanto monta o valor dos bens bloqueados do conselheiro Marinho? R$ 280 milhões. A ação judicial pede, ainda, uma indenização correspondente ao valor do contrato e mais multa, o que totaliza, hoje, R$ 1,1 bilhão. Vejam, o bloqueio de bens no valor de R$ 280 milhões num processo que envolve, também, um pedido de indenização de R$ 1,1 bilhão e a mídia dá tudo isso em pequenas notas apenas. Os valores são altíssimos, a medida judicial do mais alto significado, e a imprensa noticia o fato como se trata de um caso de um cadáver sem autoria do crime. 
Além do bloqueio dos bens de Marinho e de sua mulher, a juíza Maria Gabriell Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública da capital determina bloqueio de bens de outras seis pessoas acusadas de envolvimento no esquema montado para ajudar a Alstom a conseguir um contrato sem licitação com estatais paulistas de energia em 1998, no governo Covas, segundo o Ministério Público Estadual. 
Se considerarmos os fatos e procedimentos, a própria justiça já vem tratando do caso, há tempos, com a máxima benevolência. Os deputados e o senador que chegaram a ser citados e foram arrolados, como envolvidos com o caso aos pucos vão sendo inocentados. Apesar do pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), de indiciamento e abertura de processo, já foram arquivadas denúncias contra o senador Aloysio Nunes Ferreira Filho (PSDB-SP) e os deputados Arnaldo Jardim (PPS-SP) e Edson Aparecido (PSDB-SP) - os dois deputados, inclusive, tornaram-se secretários de Estado deste novo governo Alckmin, nesta quarta vez que ele governa São Paulo. 
Contra gente do PSDB, pedidos de indiciamento e de processos são arquivados. 


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