domingo, 16 de fevereiro de 2014

Tucanos, MP, Justiça e um jornalista em MG

Um absurdo vem acontecendo em Minas Gerais, e os defensores da "liberdade de expressão", que na verdade é a "liberdade dos patrões", se calam. Você não vê uma notícia nos grandes meios de comunicação, ou naqueles tradicionais, sobre o assunto. Eles se calam de forma tenebrosa justamente para proteger o querido deles, no caso, o PSDB, e principalmente o senador Aécio Neves, pré-candidato do partido à presidência da República. 
O jornalista Marco Aurélio Carone, diretor-proprietário do "Novo Jornal", está preso desde o dia 20 de janeiro deste ano por ter denunciado a relação de vários políticos do PSDB mineiro, inclusive, do senador Aécio Neves, com a Lista de Furnas. Além disso, o jornalista fez várias acusações ao irmão do promotor que o denunciou, no caso, André Luiz Garcia de Pinho. Criaram um monstro no Brasil, no caso, o Ministério Público. Vários integrantes do MP se vingam de pessoas com claras motivações políticas e se colocam como garoto propaganda dos grandes meios de comunicação sempre que há um caso que interessam a eles. 
O inquérito contra o jornalista é uma peça de ficção. O promotor chama Carone de "relações públicas da quadrilha" pelo fato de o jornalista publicar denúncias contra o senador Aécio Neves e o governo mineiro. O jornalista teve um infarto na prisão após ser pressionado pelo promotor e a polícia mineira para que assinasse um documento  vejam bem, isso! - para que incriminasse deputados petistas e do PMDB da Assembleia Legislativa mineira. Pois bem, este promotor - cujo salário é pago com dinheiro dos contribuintes - ofereceu a "delação premiada" em troca de falsas acusações a Fernando Pimentel, então ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e candidato do PT ao governo de Minas, assim como contra deputados, delegados e advogados. Para isso, o promotor lhe daria a "liberdade". 
Com muita coragem e valentia, o jornalista se recusou a prestar a fazer este papel. Ainda bem que no Brasil temos jornalistas e "jornalistas". 
A partir de então, o movimento "Minas Sem Censura" denunciou os termos da delação que chegaram ao jornalista. A Lista de Furnas tem ligação estreita com o mensalão mineiro onde constam grandes lideranças do PSDB, inclusive, o ministro do STF, Gilmar Mendes, como a revista "Carta Capital" denunciou no ano passado. 
É um grande absurdo, e todos aqueles que lerem tal fato neste blog, peço que denunciem para outras pessoas porque o jornalista está sofrendo sérias consequências em função de uma grande perseguição política capitaneada por poderosos tucanos mineiros, o Ministério Público e o Judiciário daquele Estado. Lamentavelmente, o MP e o Judiciário brasileiros estão sendo instrumentalizados com claras propostas políticas. É lamentável e muito perigoso. Estamos vivendo a ditadura do Judiciário onde pessoas que não pertençam ao status quo estão sendo perseguidas da pior forma possível por pessoas que deveriam representar o Ministério Público e o Judiciário. 

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