domingo, 31 de agosto de 2014

Silas Malafaia apregoa o ódio, e Marina aceita

Durante esta semana, a candidata do PSB (?) à presidência da República, Marina Silva, aceitou incluir no programa do partido (que de socialista não tem nada) a garantia dos direitos da comunidade GLTB, ou seja, respeitar os direitos dos homossexuais, inclusive a união estável entre eles, e até mesmo criar mecanismos para punir aqueles que venham ameaçá-los. Pois, bem, neste sábado, o pastor Silas Malafaia, através do seu twitter, ameaçou Marina Silva dizendo que se até terça-feira desta semana ela não tirasse tais fatos do programa do partido, iria bombardeá-la. 
No mesmo dia, Marina Silva soltou nota negando o que havia dito. O mesmo aconteceu recentemente quanto ao pré-sal. Inicialmente, ela afirmou que garantiria este direito ao povo brasileiro. Logo depois, voltou atrás. Há uma brincadeira dizendo que caso seja eleita, o Diário Oficial da União mudará de nome: passará a se chamar Errata Oficial. 
Mas, não é nada brincadeira. Marina Silva, na verdade, é uma mulher oca e sem propostas e o Brasil poderá mergulhar em um escuro caso esta mulher seja eleita presidente da República. Principalmente porque não tem programa partidário. Ao contrário, caso seja eleita, ela poderá deixar o PSB e mudar-se para o seu partido, o Rede. Tive a oportunidade de entrevistá-la nas eleições municipais de 2012 quando esteve no sítio de Márcio Santilli, após o recinto da FICAR. Na oportunidade, ela era contra a construção das usinas de Jirau e Santo Antônio alegando que isso iria prejudicar a cópula dos bagres. Entre a cópula dos bagres e energia para o desenvolvimento do Brasil, com o qual você ficaria? Este é o perigo do novo Collor que nos ameaça. 
Uma das principais ameaças, em meu raciocínio, é ela estar cercada de pastores fundamentalistas, como o tal Malafaia. Tais pessoas vão querer implantar um Estado teocrático no Brasil e isso é muito perigoso. O tal Malafaia destila ódio contra as minorias. É um ser repugnante. Se estivesse na época de Jesus Cristo, com certeza, apedrejaria Maria Madalena. Este tal Malafaia, com Edir Macedo, Missionário Valdemiro, é quem cercará Marina. O ódio será instigado a todo momento contra as minorias. Veja o que aconteceu na ex-Iugoslávia e no que aquilo acabou. Com 300 mil mortos, 50 mil mulheres estupradas e um retorno à barbárie. 
Além disso, ela se compromete com o grande capital internacional, assim como o nacional, para entregar as riquezas nacionais. O maior exemplo disso é o pré-sal. É isso que pode acontecer ao Brasil. 
Marina Silva, com seu trololó antipolítico, demagógico e vazio. Andei analisando seu twitter. É incrível a produção de clichês quase sem sentido.Mas o governo é o resultado de um conjunto de forças sociais e agora está claro que, nos próximos anos, a pressão por mudanças em nosso modelo de comunicação só tende a aumentar. A presidenta Dilma já antecipou que pretende lançar o debate, e defender, uma regulação econômica dos meios de comunicação. O que é o oposto à censura. É libertar a democracia brasileira das garras dos barões da mídia. Até agora, foi o único candidato que mencionou o assunto.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Faustão, o fanfarrão


Gostaria de fazer minhas as palavras do blogueiro Paulo Nogueira, do blog Diário do Centro do Mundo. Faustão é um fanfarrão. E como diz Paulo Nogueira, "com todo o respeito". No último domingo, ele fez a propaganda de uma das ações mais cínicas da Globo, o Criança Esperança, o triunfo do filantropismo farisaico e oportunista. 
Mais do que fazer coisas como o Criança Esperança, é a Globo simplesmente, pagar os impostos que sonega. Faustão promoveu o Criança Esperança com argumentos tão nocivos quanto o próprio programa. 
“Você que paga imposto e sabe onde esse dinheiro vai parar, aqui é diferente”, disse ele. “É tudo transparente.”  Ele estava afirmando que político é tudo ladrão, ou pelo menos os deste governo.
É uma pregação que faz um enorme mal ao Brasil. Gera descrédito no país e golpeia a auto-estima dos brasileiros.
Em sua falação desenfreada, Fausto Silva mostrou - ou fingiu - ignorar os bilionários pecados de sua empresa no capítulo do pagamento dos impostos devidos. Ou foi má fé cínica ou miopia córnea, para usar a célebre expressão de Eça.
O mais patético é que Fausto Silva, como um pastor evangélico, se dirige aos brasileiros mais simples e mais vulneráveis à manipulação que lhes tira dinheiro do bolso.
O Criança Esperança é uma beleza - para a Globo. Ela se faz de generosa, não paga cachê aos artistas que participam e ainda arrecada dinheiro com a publicidade que vende no programa. A beneficência é apenas dos telespectadores que doam seus parcos recursos.
O Brasil será um país melhor quando a Globo simplesmente pagar os impostos que deveria pagar.  O resto, a começar pelo Criança Esperança, é blablablá hipócrita. 
Para refrescar a memória dos leitores, a Globo é acusada de sonegar quase R$ 1 bilhão referente a impostos da Copa do Mundo de 1994 disputada nos Estados Unidos. Isso porque abriu uma empresa fantasma em um paraíso fiscal justamente para evitar pagar impostos ao governo brasileiro referente ao evento que transmitia com exclusividade. Logo depois, em algo extremamente suspeito, uma funcionária da Receita Federal sumiu com os processos. Que apareceu recentemente, só Deus sabe como. 
Esta é a hipocrisia da Globo. A hipocrisia de quem faz Criança Esperança, pedindo dinheiro da população para não dar o seu próprio dinheiro. A fanfarronice de Faustão. 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O concurso da educação municipal


O Conselho Municipal da Educação enviou correspondência ao prefeito municipal de Assis, Ricardo Pinheiro (PSDB), solicitando do mesmo respostas em relação ao concurso promovido recentemente pela Secretaria Municipal da Educação que apresenta inúmeras irregularidades. Inclusive, vários participantes entendem que o concurso deveria ser anulado. Com certeza, o Ministério Público deveria se manifestar à esta aberração. O que é mais lamentável é que tal fato coloca em dúvida a seriedade deste concurso e ludibria as pessoas, que com a maior boa fé, participam de uma seleção acreditando que foi séria. E agora descobrem que pode não ter sido bem assim. 
O objetivo da manifestação do Conselho Municipal da Educação é trazer ao conhecimento do Executivo Municipal as questão que foram levantadas, fazendo com que seja possível a tomada das providências cabíveis, buscando redimir os prejuízos impetrados aos candidatos, uma vez que muitos deles declararam aos membros do órgão ocorrências que certamente causaram transtornos e influenciaram negativamente no desenvolvimento do certame, não somente aos reclamantes como também a todos os envolvidos no mesmo. 
O Poder Executivo tem o dever de adotar as medidas necessárias em relação a esta situação para que possa dirimir qualquer sentimento de prejuízo, insatisfação, dúvida ou consternação que é possível encontrar em grande parcela dos candidatos que realizaram as provas do concurso. Segundo o Conselho Municipal da Educação, não havia nas provas entregues aos candidatos nenhuma identificação de quem as havia formulado. Nos cadernos da prova era possível encontrar no cabeçalho o logotipo da Prefeitura Municipal de Assis e da Secretaria Municipal de Governo e Administração, entretanto, o certame foi organizado pela Fema, o que deveria ter constado nos materiais entregues aos candidatos. É importante lembrar que a vinculação do organizador e do órgão para o qual os candidatos concorrem é mecanismo comum no campo dos concursos públicos, quando organizados por fundações públicas e outros agentes que costumeiramente atuam na área.  
Muitas questões foram utilizadas para cargos diferentes, ficando, por exemplo, as provas para professor de Educação Básica I (Educação Infantil), professor de Ensino Fundamental e Diretor de Escola compostas de forma muito semelhante na parte de conhecimentos gerais, sendo que os cargos possuem grande diferenciação entre si, principalmente quando se analisa os de professor em relação ao de direção, o que demandaria uma cobrança de conteúdos diferentes, fato justificado pelas diferentes atribuições dos cargos. 
O Conselho também recebeu, mediante correspondência, um apontamento de que algumas questões presentes nas provas foram copiadas, integral ou parcialmente, de páginas da Internet e fizeram parte de outros concursos públicos, Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de materiais utilizados em cursos preparatórios especializados nesta área. Há casos, inclusive, de a cópia ter sido realizada de forma incompleta, o que incorreu na impossibilidade da resolução da questão e sua posterior anulação. 
Tal fato provoca consternação, uma vez que não apenas representa um desrespeito às propriedades intelectuais, como também pode denotar um baixo comprometimento com a qualidade do serviço prestado, inclusive, por parte do revisor, que não se atentou para tal fato. 
É possível encontrar de antemão a inexistência do sinal de subtração entre as frações nas provas para Direção e Ensino Fundamental, o que inviabiliza a resolução da questão, porém, além disso, essa questão foi utilizada em um concurso para Técnico Judiciário, Especialidade Enfermagem, no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte, no ano de 2005, em certame organizado pela Fundação Carlos Chagas, cuja prova pode ser encontrada na Internet. 
Assim também outras questões apresentam os mesmos problemas, ou seja, foram copiadas de outros concursos públicos realizados por outras fundações nos mais diversos pontos do País. O que é lamentável é uma entidade como a Fema se prestar a este serviço. Tais pessoas que participaram deste absurdo deveriam ser desligadas do seu quadro de funcionários porque demonstram ser incompetentes para atuarem nestes cargos. 
Diante disso tudo, é necessário que o concurso seja adiado para não trazer prejuízos às pessoas que dele participaram. Não é possível ludibriar a boa fé das pessoas. É um desrespeito com pessoas que fizeram suas inscrições acreditando que iriam participar de um concurso sério, o que, na verdade, não foi. 




          


terça-feira, 5 de agosto de 2014

A questão do restaurante popular

Lamentável sob todos os aspectos a situação envolvendo a questão do restaurante popular em Assis. Desde 2012, o restaurante popular foi fechado em função de problemas burocráticos envolvendo a decisão do governo federal que decidiu ser necessário que os repasses de alimentos provenientes do PAA - Programa de Aquisição de Alimentos - acontecesse através dos conselhos municipais de assistência social. 
Diante disso, a Aprumar, mantenedora do programa, resolveu solicitar autorização do Conselho Municipal da Assistência Social para que o restaurante popular pudesse voltar a funcionar. Várias negativas foram feitas neste sentido. 
Desde sua implantação eram oferecidas aproximadamente 350 refeições por dia, a baixo custo, para população de baixa renda, sendo que os produtos hortifrutigranjeiros eram provenientes do P.A.A. - do Governo Federal, o que garantia uma refeição de alto poder nutricional.
Em decorrência de mudanças estabelecidas pelo GGPAA – Grupo Gestor P.A.A., em cumprimento à Resolução Nº 62/2103, a distribuição de alimentos hortifrutigranjeiros passou a ser gerenciada pelo Conselho Municipal de Assistência Social de Assis, quem deve agora autorizar a doação de tais produtos para que o Restaurante Popular volte a funcionar.
Depois de inúmeras conversas informais entre membros do Conselho Municipal de Assistência Social e da Amvica – Aprumar, esta encaminhou ao Conselho, em 17 de maio, oficio pedindo formalmente que sejam doados os alimentos necessários para garantir a volta do Restaurante Popular.
Segundo José Fernandes, presidente da Aprumar, idealizador do projeto, "a decisão do Conselho é quem vai garantir a volta do Restaurante Popular. É importante deixarmos claro que a doação desses produtos não compromete o fornecimento para as entidades assistências, que já recebem os produtos semanalmente, e não vai onerar em nenhum centavo os cofres públicos da municipalidade", diz em nota a Aprumar.
Para concluir, a Aprumar declara que "o fechamento do Restaurante Popular não ocorreu por vontade da entidade, mas sim em decorrência de mudanças do GGPAA. “Aliás, estamos trabalhando para sua volta, o que só não acontecerá se não for da vontade do Conselho Municipal", diz a Aprumar. 
Infelizmente, o que se nota é que existe uma má vontade muito grande por parte de alguns membros do Conselho Municipal da Assistência Social em autorizar o funcionamento do restaurante popular. O que lamentamos é que possa haver um componente político nessa história para não oferecer louros ao presidente da Aprumar, José Fernandes, ex-vereador e ex-candidato a prefeito de Assis pelo PT. 
Caso o Conselho Municipal da Assistência Social esteja sendo usado politicamente - e espero realmente que isso não aconteça - seria lamentável sob todos os aspectos. Afinal, o restaurante popular beneficiava um grande número de pessoas, principalmente aquelas de baixa renda. Afinal, as refeições estavam sendo oferecidas a um preço simbólico de R$ 2, com alto poder nutritivo. 
O Conselho Municipal da Assistência Social alega agora ser necessário que a Aprumar, mantenedora do projeto, protocole todos os documentos necessários para que seja autorizado o funcionamento do restaurante popular. Torcemos definitivamente que as pessoas que representam as entidades e o poder público de Assis tenham o bom senso necessário e autorizem o funcionamento do restaurante popular. 

terça-feira, 29 de julho de 2014

A imprensa que baixa a cabeça

Durante a visita do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em Assis na semana passada, a imprensa local - e regional - ofereceu novamente um triste espetáculo, a exemplo do que acontece nacionalmente. A imprensa local serviu apenas ao "oba-oba" do governador que veio apenas para fazer campanha política e "vistoriar" obras que estão sendo construídas pelo governo do Estado, como o Poupatempo ou a futura sede da Terceira Idade. Na verdade, são obras que estão longe de estar acabadas e vão demorar algum tempo para ser inauguradas. Entretanto, o governador veio com uma grande comitiva apenas para fazer "política". 
Desde a imprensa local (e regional) colocar o governador na parede como faria qualquer bom jornalista, atuou como se fosse representante do press-release do Palácio dos Bandeirantes. Simplesmente faz aquelas perguntas óbvias e irritantes. É algo lamentável que lança ao descrédito cada vez mais a imprensa. Somente a repórter Dagmar Marciliano teve coragem de perguntar ao governador (que se irritou) sobre o Medex. Afinal, o governo do Estado está terceirizando esta central de medicamentos que funciona na sede do Hospital Regional e vai trazer grandes prejuízos para toda a comunidade regional. 
Do contrário, aquela ladainha de sempre. E o governador, com seus apaniguados políticos, deita e rola. Também quem manda ter uma imprensa subserviente como a de Assis. É correto dizer que não só a imprensa de Assis que é subserviente, mas a brasileira de uma forma geral, quando se trata do PSDB. A imprensa local poderia colocar na parede o governador questionando-o sobre os investimentos que são realizados na cidade pelo governo do Estado que é praticamente zero. Ou mesmo o fato do governo estadual lotar esta região de presídios que só trazem mais violência às pessoas que moram no Vale do Paranapanema. 
Ou então, a rodovia Raposo Tavares pedagiada onde os motoristas sofrem para pagar valores cada fez maiores, encarecendo, sobretudo, os produtos que chegam às mesas dos brasileiros. Uma rodovia duplicada e com obras de arte que teve melhorias com recursos públicos, e depois entregue praticamente de graça para uma concessionária que ganha rios de dinheiro, a exemplo do que acontece com outras concessões espalhadas pelo Estado de São Paulo. 
Ou mesmo, a violência que aumenta a cada mês no Estado de São Paulo, trazendo dores para inúmeras pessoas que sofrem as agruras de tal fenômeno. Os repórteres poderiam questionar o governador sobre este crescimento da violência que vem aumentando a cada ano, com o PCC atuando de forma absurda, nos presídios paulistas há muitos anos. Na verdade, o governo do Estado é refém deste estado imposto pelo PCC. 
Porém, os repórteres preferem o bom mocismo e não questionam o governador como deveriam fazer. Por isso, temos uma imprensa atrelada aos poderes públicos local e regional e fazem o serviço. Bem pago, por sinal. 


terça-feira, 22 de julho de 2014

O escândalo do "Aécioporto"

O jornal "Folha de S. Paulo" publicou no final da semana passada matéria denunciando que o governo do Estado de Minas Gerais, então sob o comando de Aécio Neves, construiu um aeroporto na fazendo do seu tio na cidade de Cláudio. A obra custou cerca de R$ 14 milhões. É algo absurdo porque se trata de uma cidade de apenas 28 mil habitantes, localizada próxima de Divinópolis, que possui um moderno aeroporto capaz de atender toda a demanda regional. Entretanto, a reportagem da "Folha" não foi a fundo sobre o que motivou Aécio a construir um aeroporto na fazenda do seu tio. Na verdade, se trata de um aeroporto inacabado, com uma enorme pista para pouso e decolagem. 
Nunca faltou denúncia contra Aécio Neves. Houve investigações no Ministério Público, na Justiça, mas nada nunca alcançou a grande mídia nacional, o que permitiu à mídia mineira esconder tudo. Nesse contexto, a manchete de primeira página da última edição dominical da "Folha de S. Paulo" contra Aécio Neves deve seguir o roteiro de outras oportunidades em que aquele jornal fez uma denúncia "fraca" contra um tucano para que denúncia "forte" contra petista ganhasse credibilidade. 
O caso mais revoltante dessa estratégia da "Folha" ocorreu no fim de 2009, a cerca de um mês do ano eleitoral em que Dilma Rousseff, com o apoio de Lula, derrotou o tucano José Serra. Míseros 12 dias separaram notícia fraca contra Fernando Henrique Cardoso  de um ataque virulento e imoral contra Lula. 
Após 18 anos do nascimento do filho do ex-presidente tucano com uma jornalista da Globo um grande órgão de imprensa publicou história que todos os que se interessam por política sabiam havia muito, graças à imprensa "alternativa". E, mesmo assim, porque FHC decidiu assumir publicamente o filho. 
Em 15 de novembro de 2009, a "Folha" publicou a matéria "FHC decide reconhecer oficialmente filho que teve há 18 anos com jornalista", assinada pela colunista Mônica Bérgamo. Apesar de não ser exatamente uma "denúncia", a notícia (velha) tinha um quê de negatividade para o ex-presidente tucano. Afinal, ele cometera traição à esposa, Ruth Cardoso, que falecera um ano antes. Mas graças às suas boas relações com a mídia, o tucano conseguiu manter o caso escondido por quase duas décadas.
O que mais impressiona nesse episódio é que entre o dia em que foi feita a "denúncia" contra FHC e o dia em que a "Folha" publicou um ataque asqueroso contra Lula, passaram-se míseros 12 dias. No dia 27 do mês mesmo de novembro de 2009, a "Folha" publicou "análise" de um sujeito chamado "César Benjamin" sob a rubrica "Especial para a Folha". Não se tratava de análise alguma, mas de um ataque criminoso. 
Agora, esta mesma "grande mídia" critica a ANAC que vai investigar esta denúncia pública de uso irregular de um aeroporto. Até o momento não há nenhuma relação ou evidência de que o caso do helicóptero apreendido com 600 quilos de cocaína e que era da família Perrela possa ter alguma conexão com a construção de um ou mais aeroportos em Minas de maneira pouco convencional. 
Aécio precisa acostumar-se à ideia de que este país é uma República, não uma fazenda. E se preparar para o que vem por aí. É inevitável o questionamento dos gastos milionários em um aeroporto que é somente uma pista de asfalto completo, com capacidade de receber Boeings 737 da aviação comercial. Embora não muitos, vão existir jornalistas que o indaguem sobre isso. 



terça-feira, 15 de julho de 2014

Assis precisa de um banho de loja

Quem caminha pelas ruas de Assis fica assustado com a situação da cidade. Assis está uma cidade suja e abandonada em todos os aspectos. Os bairros apresentam calçadas com matos e o pior são os lixos jogados nas ruas e em terrenos baldios. Este cenário é comum em todas as ruas e em todos os bairros. É algo dantesco e a Prefeitura tem a responsabilidade de cuidar dos bairros. Entretanto, não é isso o que acontece. Ao contrário, temos uma cidade suja que traz uma paisagem nada agradável aos visitantes que por aqui passam. 
Diante disso, a administração municipal deve assumir suas responsabilidades e cuidar melhor do aspecto visual da cidade. Nada mais agradável para qualquer visitante - ou mesmo habitante - do que observar uma cidade bem cuidada. Não cuidar bem de uma cidade é o mesmo que deixar sua casa suja e abandonada. Anteriormente, citamos alguns exemplos de iniciativas que poderiam ser adotadas em Assis. Porém, tais sugestões caem no esquecimento e somem ao sabor dos ventos. 
Citamos já por várias vezes o caso da cidade de Ponta Grossa, no Estado do Paraná, que promove a cada mês um dia de limpeza da cidade. Toda a população é envolvida e no dia escolhido, a cidade passa por um banho de loja. A cidade fica limpa e extremamente agradável para as pessoas que lá moram ou aquelas que a visitam. Se fosse feito um trabalho de marketing e divulgação junto a população, envolvendo escolas, clubes de serviços e outros órgãos públicos, temos certeza que o resultado seria o melhor possível. Basta ter vontade política e envolve os mais diferentes segmentos da administração pública municipal. 
Outra sugestão é aquela adotada pela cidade de Sorocaba. Aliás, é um exemplo de uma cidade administrada pelo PSDB, o mesmo partido do prefeito de Assis. A Prefeitura fez um convênio com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e envolve os presos. Por este convênio, os presos lotados na penitenciária da cidade, principalmente aqueles de bom comportamento, são utilizados para a limpeza urbana da cidade. Eles capinam os matagais nas mais diferentes ruas dos bairros. 
Uma pessoa da SAP acompanha o trabalho dos detentos, e desde que esta iniciativa foi colocada em prática, desde então nunca aconteceu qualquer problema. Os presos trabalham normalmente, nunca houve uma tentativa de fuga e em horário de almoço, um veículo da penitenciária traz os marmitexes para que os presos possam se alimentar. Ao contrário, os presos preferem esta alternativa a ficarem trancafiados em celas. Eles recebem um salário que é repassado aos seus familiares. E a cada dia trabalhado, o preso é beneficiado com um dia de redução de sua pena. 
São iniciativas que poderiam ser adotadas na cidade, assim como várias outras que são colocadas em prática nos mais diferentes municípios brasileiros. Em recente reportagem publicada em um dos portais de notícias na Internet, diz que um prefeito ou município não necessita criar novas iniciativas, basta, apenas, copiar outras já adotadas nos mais diferentes municípios do Brasil. Mas, para isso, é necessário ter vontade política. Caso contrário, teremos que conviver com este cenário horroroso que Assis apresenta aos seus habitantes e visitantes. Ou seja, uma cidade suja, mal cuidada e com lixos jogados por toda a parte.