sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

A sordidez humana não tem limite

Quem já teve a oportunidade de assistir ao filme “Na Terra do Amor e do Ódio”, primeiro como diretora da atriz Angelina Jolie, tem uma noção exata da sordidez humana. O filme conta a guerra civil que desintegrou a Iugoslávia na década de 1990 em sete países, e nos mostra de que forma sórdida os sérvios perseguiram e mataram milhares de muçulmanos bósnios da pior forma possível. Eu, particularmente, há muito tempo não acredito na “humanidade fraterna” como apregoam religiosos. O homem é mau por natureza.
A sordidez humana pode ser visto na morte da ex-primeira dama, dona Marisa Letícia. O que foi feito através de redes sociais é algo nojento e perverso. Não existe uma justificativa para que alguém celebre a morte de outra pessoa. Mas o que as pessoas estão fazendo é expressar um ódio por uma figura pública que pode ter supostamente o prejudicado. Essa comemoração mórbida é uma expressão de ódio, de intolerância e de falta de ética que vivemos no Brasil pós-golpe de Estado incentivado principalmente pela Rede Globo de Televisão.
A morte de Dona Marisa Letícia é o triunfo físico da narrativa de ódio reinaugurada pela direita brasileira, a partir da vitória eleitoral de Dilma Rousseff, em 2014, contra as forças reacionárias capitaneadas pela candidatura de Aécio Neves, do PSDB.
Em sua insana odisseia pela retomada do poder, ainda quando o TSE contabilizava os últimos votos das eleições presidenciais, Aécio e sua turma de mascarados se agregaram, não sem uma sinalização evidente, aos primeiros movimentos da Operação Lava Jato e com ela partiram, sob os auspícios do juiz Sergio Moro, para a guerra de tudo ou nada que se seguiu.
Foi esse conjunto de circunstâncias, tocado pela moenda de antipetismo e ódio de classe azeitada diuturnamente pela mídia, que minou a saúde de dona Marisa, não sem antes submetê-la ao tormento da perseguição, do constrangimento, da humilhação pública, da invasão cruel e desumana de sua privacidade.
A perseguição ignóbil ao marido, Luiz Inácio Lula da Silva, aliada à permanente divulgação de boatos sobre os filhos, certamente contribuíram para que Dona Letícia, a discreta primeira-dama, tivesse a saúde atingida. Para atingir Lula, a quem não tiveram coragem de prender, o esgoto da mídia e seus serviçais da política envenenaram a nação com ódio, rancor e ressentimento, nem que para isso fosse preciso atingir a vida de toda a família do ex-presidente.
Não sem antes vazar as imagens de sua tomografia cerebral, como um troféu grotesco de certo jornalismo abjeto oferecido às hienas que dele se alimentam. É inevitável controlar os pensamentos e sentimentos, no entanto, é possível controlar o que será compartilhado nas redes sociais. A morbidez, a intolerância e o ódio estão tão na moda que existem até os ‘haters’. E agora essas atitudes de intolerância começam a surgir até mesmo em casos delicados como uma morte.
A crise não é só política e econômica! Há uma crise de humanidade. O ser humano está cada dia mais frio, mais insensível e mais afastado da espiritualidade. Fazer chacota e comemorar a morte de outro ser humano, seja ele qual for, nos aproxima da mais primitiva barbárie. Nos coloca no mais baixo grau do processo evolutivo.  Tem que ser muito espírito de porco para envolver política e cuspir ódio numa situação dessas. Não se trata de primeira dama, ou quem é o marido. Ali ainda existe um ser humano que merece respeito.
A morbidez, a intolerância e o ódio estão tão na moda que existem até os ‘haters’. E agora essas atitudes de intolerância começam a surgir até mesmo em casos delicados como uma morte.
Prestem atenção no que aconteceu na ex-Iugoslávia. Tudo começou após a morte do Marechal Tito com expressões de ódio dos sérvios contra os bósnios. A história nos conta a carnificina que virou a “Suíça dos Balcãs”.
 Todos sabemos os nomes, os cargos, as redações e as togas de cada um dos responsáveis daqueles que destilam ódio no horrível Brasil atual. Eles também mataram dona Marisa. 

domingo, 29 de janeiro de 2017

Delegado da PF ou militante político?


O delegado Igor Romário, coordenador da Operação Lava Jato, elevou a Polícia Federal para um nível de indigência moral nunca visto, até então. Apenas na ditadura militar, época em que a PF era uma milícia dos generais, agentes do Estado não temiam expor sua identidade de besta fera, mas havia um detalhe: o Brasil não tinha Constituição, não tinha leis, não tinha princípios de civilidade reconhecidos como tais.
Lula, todos sabem, é o alvo da Lava Jato. Sem a prisão do ex-presidente, o projeto em curso de venda do patrimônio público e desmoralização do Brasil, internacionalmente, não poderá ser concluído à contento. Então, para prendê-lo, permite-se até essa infâmia, a crueldade inominável de torturar psicologicamente um homem que está com a esposa em coma no hospital.
É possível que apenas na Gestapo nazista uma coisa dessas pudesse vingar sem uma rápida intervenção das autoridades.
Igor Romário apoiou Aécio Neves, do PSDB, nas eleições de 2014. É um representante emblemático dessa geração de fascistóides que tomou conta dos quadros da PF e do Ministério Público Federal. Uma gente que deveria fiscalizar e garantir a lei, como servidores públicos decentes.
Mas no Brasil dos golpistas, a decência saiu de moda.

                                                                                      

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

O suspeito acidente do avião com o ministro Teori

Longe de ficar alimentando as teorias de conspiração, é extremamente suspeito o acidente o avião que leva o ministro Teori Zavascki, e outros passageiros, no oceano, próximo de Parati. Isso porque o ministro iria daqui há 20 dias aproximadamente homologar as delações premiadas da Odebrechet que iria implodir o atual governo golpista. Praticamente todo o alto escalão do governo golpista estaria nesta delação. 
E, de forma muito suspeita, o avião em que estava o ministro acaba caindo no oceano às vésperas de ele homologar a delação? O Brasil tem um histórico de mortes suspeitas. As principais, sem dúvida, são as do ex-presidentes Juscelino Kubstchek de Oliveira e João Goulart, e de Carlos Lacerda, ocorridas em um prazo de um ano aproximadamente, na década de 1970. Logo depois, descobriu-se que os militares do Cone Sul fizeram um pacto em Santiago do Chile, que tinha por meta eliminar os opositores dos regimes que dominavam os países da região. 
JK, Jango e Lacerda foram vítimas desses assassinatos estranhos, conforme está se descobrindo agora, através de amplos estudos feitos por pesquisadores de renomadas universidades. No caso do ministro Teori, é muito estranho tudo isso. Lembro que fui jornalista durante 30 anos, e neste período, presenciei coisas escabrosas envolvendo os ocupantes do poder. Não há limites para que uma pessoa aja quando está no poder para assegurar sua manutenção. 
O atual governo golpista está enterrado em corrupção, com Temer tendo sido delatado - pasmem! - 43 vezes. E agora Temer poderá indicar o futuro ministro que ocuparia a vaga de Teori e que "herdaria" a decisão de homologar (ou não) estas delações da Odebrecht. Imagine, você vai indicar uma pessoa que simplesmente vai jogar por baixo do tapete a sujeira destes golpistas que usurparam o poder. 
Imagine, se na época do Mensalão, Joaquim Barbosa tivesse sofrido um acidente deste tipo. A mídia nojenta faria um carnaval de proporções inimagináveis indicando que Lula e Dilma seriam os responsáveis pelo acidente. E agora? O difícil é acreditar que a Polícia Federal vai apurar alguma coisa. 

PRÉ-SAL - Enquanto estamos ocupado assistindo as batalhas  campais nas penitenciárias e em discutir quem será o dono dos segredos da Lava Jato, o governo golpista de Temer acelera a entrega de nossas jazidas de petróleo, na hora em que o mundo corta tanto a exploração que retorna em meio século o nível das descobertas. A Reuters anuncia que "o governo federal pretende realizar em novem o segundo leilão deste ano de áreas de petróleo e gás localizadas na camada pré-sal, e quer realizar outro leilão do pré-sal em 2018". Portanto, três leilões num curto espaço de tempo. 

É a canalha vende-pátria a todo vapor. O ladrão roubou, mas temos de garantir os direitos do receptador que, afinal, pagou o preço que o larápio pediu. 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Uma ditadura disfarçada e um país virando um caos

É extremamente terrível o que vem acontecendo no Brasil. Há alguns meses atrás, nesse mesmo espaço, e na minha conta no facebook, disse que o Brasil está deixando de ser uma Nação. O número de atrocidades que este governo está promovendo é assustador em todos os aspectos. Desmanche de conquistas sociais contidas na Constituição em todos os sentidos, venda de riquezas nacionais, como é o caso do Pré-Sal, mexendo na aposentadoria que fará com que as pessoas não se aposentem mais, e assim por diante. 
Estamos diante de verdadeiros vendilhões da Pátria, usurpadores do poder que simplesmente rasgaram a Constituição de 1988. Já começam a aparecer algumas luzes que levam a explicações do golpe de Estado que aconteceu em agosto de 2016. A participação dos Estados Unidos é latente, e o juiz de Curitiba é uma das pontas do iceberg, já que esteve em território ianque participando de cursos promovidos pelo Departamento de Estado. Aí, a exemplo do que ocorreu em 1964, colocaram em prática o seu arsenal golpista, contando com o beneplácito da mídia golpista, capitaneados pela Rede Globo, Folha, Veja, Estado, e outras porcarias mais. 
A degradação do tecido social brasileiro é latente. É possível observar o empobrecimento da população brasileira com o desemprego explodindo. As pessoas ainda estão vivendo de uma gordura acumulada nos governos Lula e Dilma. Entretanto, a hora que acabar esta gordura, a situação pode tomar proporções inusitadas. Aliás, já está tomando. 
As rebeliões nos presídios brasileiros é um exemplo disso, As prisões brasileiras são um verdadeiro lixo que não recuperam ninguém. Ao contrário, as prisões brasileiras hoje estão tomadas por facções criminosas que ditam as regras. O governo do PSDB de São Paulo negocia constantemente com o PCC para que não haja rebeliões. É um verdadeiro caos o que estamos assistindo. 
Quando a população decide reivindicar os seus direitos, é duramente reprimida. Veja o que aconteceu com a desocupação de um terreno em São Matheus em São Paulo quando a Polícia Militar do Estado de São Paulo usou de violência extrema para retirar pessoas que ocuparam uma área abandonada, pertencente a ente privado. É um absurdo e mostra o fascismo que domina o governo de Geraldo Alckmin. 
A repressão àqueles que vivem na Cracolândia em São Paulo  é outro extremo. É um absurdo o que a PM fez naquele local. Mostra que estamos já vivendo uma ditadura disfarçada segurada por estes fascistas da Rede Globo e o país vai virando um caos. Não vai demorar muito para que os saques em supermercados aconteçam. O empobrecimento é latente e pode ser visto a olhos nus. 

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Jornalismo porco e vagabundo

"Como você conheceu a Marcela?" é a pergunta-síntese da desintegração ética do jornalismo brasileiro. O espetáculo oferecido por “jornalistas” marrons do Roda Viva, transmitido pela TV Cultura, na entrevista com Michel Temer, é algo lamentável e só pode ser considerado “porco e vagabundo”. Este é o jornalismo que permeia a imprensa atual, chapa branca, que fala bem porque é bem pago. É importante lembrar que os melhores jornalistas brasileiros hoje estão fora da imprensa porque foram perseguidos justamente em função de dizer a verdade. Hoje temos capitães do mato no jornalismo que fazem o serviço sujo do senhor de engenho da imprensa.
Mas voltemos as perguntas, como essa de como ele conheceu Marcela. Primeiro, porque é absolutamente irrelevante. O cara é considerado ilegítimo por imensa parcela da população (e É); sua vida romântica não importa. Como ele é um golpista abominado pela população - até mesmo por quem não gostava de Dilma -, não dá entrevistas e, assim, esta seria uma oportunidade ímpar para que jornalistas de verdade pudessem questioná-lo sobre a gravação do "ministro" Jucá no qual este planeja o golpe; sobre os 23 milhões de caixa 2 depositados na conta do "ministro" Serra; sobre o cheque de um milhão em seu próprio nome, e assim por diante. "Ah, mas eles perguntaram sobre o cheque!". Não, eles TOCARAM NO ASSUNTO, o que é bem diferente. Questionar é fazer perguntas complementares, apontar as provas que desmentem a resposta e, principalmente, voltar ao assunto se o entrevistado tenta desviar o foco da conversa.
Em vez disso, os "jornalistas" (haja aspas pro Brasil de hoje) preferiram fazer perguntas adolescentes que seriam bem mais apropriadas em uma matéria de Caras.
Em segundo lugar, fizeram uma pergunta cuja resposta todos sabem: ele conheceu a esposa quando tinha 60 anos e ela, filha de um amigo, era menor de idade. O único propósito da pergunta, portanto, era o de tentar "humanizá-lo". E quem faz isso não é jornalista, é um Relações-Públicas.
Não é à toa que, após a entrevista, Temer, o Pequeno, gravou um vídeo no qual agradeceu pela propaganda. E, sim, ele disse "propaganda". Porque maior do que a falta de caráter de nossa imprensa é a cara-de-pau de sua criação.


sábado, 12 de novembro de 2016

Somos brasileiros que não pertencemos mais a este país

Este turbilhão de canalhices que está sendo feitos por este governo golpista me faz sentir, em algumas vezes, como se outro país tivesse invadido o Brasil. São medidas extremamente desnacionalizantes, embrutecimento do jogo contra trabalhadores e a população em geral, com a retirada de inúmeros direitos, entre outros absurdos. E tudo isso acontecendo como se tivéssemos vivendo uma “censura”, já que os principais meios de comunicação fazem o jogo sujo de esconder toda esta safadeza do povo brasileiro. Como disse anteriormente, a sensação é que o povo brasileiro tomou Rivotril e assiste tudo passivamente, com exceções aqui e acolá. Alias, vários ficam nervosos quando você critica o atual quadro do país, e mandam você para Cuba. Bobos, não sabem que os sistemas de saúde e de educação de Cuba são os melhores do mundo. Apesar de ser pessoas com cursos universitários, sofrem a lavagem cerebral de Rede Globo et caterva.
Nunca se concentrou tanto a riqueza – porque tirar dos pobres o serviço público não é outra coisa – e nunca se a transferiu tanto para fora, ou ao menos não com tamanha desfaçatez. A questão do pré-sal é algo assombroso. Simplesmente estamos dando o nosso passaporte para o futuro para as multinacionais se enriquecerem e oferecerem um ótimo nível de saúde aos povos de seus países de origem. E tem gente, que de forma burra, aplaude isso. Mas é agora que estamos no caminho “certo”.
Tem uma tal de PEC – antes 241, agora 55 – que vai limitar por 20 anos investimentos na educação e saúde, o que será uma tragédia para o país e nos levará para índices africanos, com pessoas morrendo nas ruas e estudantes sem escolas, já que o objetivo é privatizar o ensino, entregando a educação para as famigeradas OSs. Mas, isso não importa. O problema foi o Bolsa Família, foi este desastroso aumento do salário mínimo, esta porcaria do petróleo do pré-sal, foi a Copa, foi a distribuição de renda!
Parafraseando o grande jornalista Fernando Brito – este sim, jornalista na acepção da palavra, não estes capitães do mato que moram hoje nas redações para fazer o jogo sujo da chamada “grande mídia” , “ainda bem que nos vieram estes rapazes imberbes e cristãos, sofridos nas duras necessidades de quem tem de viver com a mixórdia de R$ 25 ou 30 mil por mês, que recebem auxílio para morar nas casas que são suas e que são pilares de Justiça e da Fé para nos redimir destes “monstros”.
Agora, sim, temos um país a caminho da felicidade, comandado por uma nulidade que, entretanto, é capaz de dizer obviedades com pompa e, num gesto de mão, espantar os críticos como quem espana moscas.
Temos uma crise, mas é certo que sairemos dela, certo que com a educação destruída, os hospitais abandonados, o Estado retalhado e vendido e os homens e mulheres – sabemos todos que a tecnologia nos tornou menos produtivos que nossos avós – tendo de trabalhar quase até o último suspiro de suas existências.
Trabalhar, sim, porque isto faz bem às costas doloridas, às pernas manquitolas e à alma exausta, desde que por mais horas por semana e menos salário no mês. Diante disso, você se sente um estrangeiro no seu próprio país, porque tenho esta deformação ideológica – comunista, por certo – de pretender que este seja um país autônomo, que as pessoas sejam essencialmente iguais em direitos e que a finalidade do conhecimento, do progresso econômico e da civilização seja a de nos livrar do sofrimento, da necessidade, da barbárie, da selva e da exibição de presas, como fazem os cães.
Não é o Brasil que não pertence aos brasileiros. Somos os brasileiros que não pertencemos mais a este Brasil.

MINISTRO DA SAÚDE, JOSÉ FERNANDES E ONCOLOGIA NO HR – É gratificante e merece aplausos a atitude do prefeito eleito, José Fernandes (PDT) em ir até Brasília conversar com o ministro (?) – ou mascate - da Saúde, Ricardo Barros, para aguardar até janeiro a manutenção do serviço de oncologia no Hospital Regional de Assis. Todavia, imagino que não deva ter tantas esperanças assim. Leia a entrevista que este energúmeno deu à BBC de Londres sobre a questão da saúde pública no Brasil.
Este “mascate” da saúde, diz com todas as letras, que os que desejam um sistema de saúde que atenda todos os segmentos da população – “não são técnicos, nem especialistas, são ideólogos que tratam o assunto como se não existisse o limite orçamentário, como se fosse só o sonho”. Ele defende à BBC, simplesmente, a parceria público-privado na saúde. Aliás, desde quando saúde privada no Brasil é saúde privada, se boa parte dela é paga pelo Estado brasileiro na forma de isenção tributária, que chega a R$ 20 bilhões e representa quase um quarto do orçamento do Ministério da Saúde?
Parceria público-privada é isso aí e se o senhor quiser saber como é lucrativo, pergunte ao notório banqueiro André Esteves, que ganhou um dinheirão comprando planos de saúde e vendendo a conglomerados estrangeiros…
Mas isso ele sabe, tanto que chamou as seguradoras de saúde para ajudar a montar uma proposta de “planos de saúde acessíveis”, com cobertura de atendimento reduzida, para o público de menor renda.
O ministro pode não entender nada de saúde ou de humanidade, mas de negócios, entende. Diante disso, imagino que o futuro prefeito de Assis não acredite que este ministro que defende abertamente a entrega da saúde pública ao setor privado vai fazer esforços para manter o serviço gratuito de oncologia no Hospital Regional de Assis.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Colocaram rivotril na água dos brasileiros

É inacreditável o número de medidas que o governo federal realiza e ninguém se mobiliza, aceita tudo passivamente, sem tomar qualquer atitude. O único setor que enfrenta corajosamente esta situação são os estudantes, tanto os universitários (setor público) quanto os secundários. A proposta do governo federal de repassar a conta da sua má gestão para o cidadão, principalmente o mais pobre, é assustador.
O que é mais espantoso ainda com a passividade dos brasileiros.  O que se deve questionar é a seriedade da proposta governamental, pois é difícil compreender como o poder público pode manter tanta mordomia e excessos numa situação de grave crise. O Estado deveria suspender a utilização de carros oficiais, paralisar os contratos de marketing, interromper o pagamento de passagens aéreas e diárias de viagens, suspender o pagamento de gratificações de todo tipo e etc, enfim, cortar na própria carne.
Para o Estado é mais fácil diminuir o número de famílias que são atendidas pelo Bolsa Família ou cortar estudantes beneficiados pelo FIES do que suspender a utilização de centenas de carros oficiais com seus respectivos motoristas. Afinal, a população pode ficar sem comer, mas um secretário de estado, um deputado, magistrado, ou procurador, não pode andar no seu próprio carro ou utilizar táxi ou Uber.
O governo deveria elevar, sem possibilidade de repasse para preços, os impostos dos mais ricos, dos bancos, das indústrias automobilísticas e farmacêuticas e das empresas que se beneficiaram de isenções fiscais, ao invés de sobrecarregar justamente os funcionários públicos e aposentados, que já se encontram no limite de seus gastos.   Há ainda casos de municípios que pagam um adicional aos seus vereadores para que possam comprar o seu paletó e o dos magistrados que ganham um auxílio para pagar a faculdade dos seus filhos.
Aprovaram o projeto, embutido nesta maldita PEC 55, que não vai haver mais reajuste ao salário mínimo. Será que os brasileiros têm conhecimento disso? Aprovaram a partilha do pré-sal, uma riqueza inestimável que agora será explorada pelos saqueadores estrangeiros, e no outro dia, o golpista Michel Temer, recebe o presidente da Shell. É um acinte e uma bofetada na cara dos brasileiros. Parece que somente as pessoas mais esclarecidas é que têm noção do que vem acontecendo no Brasil. Quando os brasileiros acordarem desta longa noite de sono, vão saber que estarão no inferno na acepção da palavra.

Só com muita mobilização social, ocupando as ruas de forma organizada e contundente é que se poderá mudar o panorama. Ah, mas o Rivotril que dão ao brasileiro não está na água, e sim aplicado à conta gotas pela Rede Globo, Folha, Estadão, Veja, e outras porcarias semelhantes.