A religião sempre foi um negócio
rentável, mas se você for um pregador evangélico brasileiro, as chances de
"ganhar na loteria celestial" são maiores. De acordo com informações
da revista Forbes, algumas igrejas se tornaram
negócios altamente lucrativos e fizeram com que alguns de seus líderes se
transformassem em multimilionários. É a chamada "indústria da fé". O
maior expoente desta indústria seria o bispo Edir Macedo, proprietário da Rede Record
e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus.
A revista aponta que o fundador e
líder da Igreja Universal do Reino de Deus, que possui templos nos Estados
Unidos, Macedo é, de longe, o mais rico pastor do Brasil, com um patrimônio
líquido estimado em US$ 950 milhões (cerca de R$ 1,9 bilhão).
Segundo a revista, devido a
acusações de charlatanismo, Macedo passou 11 dias na prisão em 1992, mas ele
continua sendo processado por autoridades americanas e venezuelanas. Outros
pastores também estão conseguindo ficar ricos. Valdemiro Santiago, um ex-pastor
da Igreja Universal do Reino de Deus, que teria sido expulso da instituição
depois de alguns desentendimentos com o seu patrão, fundou sua igreja, a Igreja
Mundial do Poder de Deus, que tem cerca de 900 mil seguidores e 4 mil templos.
O patrimônio dele é estimado em US$ 220 milhões (R$ 440 milhões).
Silas Malafaia, líder do braço
brasileiro da Assembleia de Deus, está constantemente envolvido em
controvérsias relacionadas com a comunidade gay no Brasil, da qual ele se
declara com orgulho de ser o maior inimigo, afirma a publicação. O defensor de
uma lei que poderia classificar o homossexualismo como uma doença no Brasil,
Malafaia também é uma figura proeminente no Twitter, onde é seguido por 440 mil
usuários. Malafaia vale cerca de US$ 150 milhões (R$ 300 milhões).
Na lista de endinheirados
listados pela Forbes ainda destacam-se
Romildo Ribeiro Soares, conhecido simplesmente como RR Soares, o fundador da
Igreja Internacional da Graça de Deus, que vale cerca de US$ 125 milhões (R$
250 milhões) e os fundadores da Igreja Renascer em Cristo, "apóstolo"
Estevam Hernandes Filho e sua esposa, "Bispa" Sonia, com 1 mil
igrejas no Brasil e no exterior, e patrimônio líquido combinado estimado em US$
65 milhões (R$ 130 milhões).
Conforme a Forbes, mesmo o Brasil sendo o maior país católico do
mundo, com cerca de 123,2 milhões de fiéis dos 191 milhões de habitantes
seguindo o Vaticano, os últimos dados do Censo mostram uma forte queda entre as
fileiras dos católicos, que agora contam com apenas 64,6% da população - em
1970 a proporção chegava a 92% do total de habitantes. Enquanto isso, o número
de evangélicos subiu de 15,4% uma década atrás, para 22,2%, ou 42,3 milhões de
pessoas no último Censo (2010). É provável que a tendência de queda do
catolicismo continue até 2030 e os católicos cheguem a representar menos de 50%
dos fiéis brasileiros. Entretanto, o mais assustador é como religiosos se
"apoderam" do Evangelho de Jesus Cristo para se enriquecerem. Todos nós
sabemos que quando Jesus Cristo passou pela Terra tinha uma vida extremamente
pobre e humilde. Todavia, tais pastores se enriquecem utilizando a boa-fé das
pessoas, prometendo o paraíso na terra.
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